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O silêncio da maioria: como a imprensa de esquerda amplifica vozes judaicas antissionistas e silencia os defensores de Israel

Vivemos em uma era em que a informação circula com rapidez, mas nem sempre com equilíbrio. A imprensa, que deveria zelar pela pluralidade de ideias e pelo compromisso com a verdade, tem adotado, em sua maioria, uma postura ideológica clara: a inclinação à esquerda. Esse viés, por si só, já distorce a narrativa dos fatos — mas quando o assunto é Israel, o impacto é ainda mais profundo e perigoso.

A esquerda, em sua maioria, carrega uma visão crítica — e muitas vezes hostil — em relação ao Estado de Israel. Essa crítica nem sempre é baseada em argumentos legítimos sobre política ou geopolítica; frequentemente, ela transborda para o antissionismo, que beira (ou abraça) o antissemitismo disfarçado. O apoio irrestrito a causas que negam o direito de existência de Israel, a demonização do país como “Estado apartheid” e o uso seletivo de narrativas que ignoram o contexto histórico e os ataques terroristas aos quais Israel é submetido são exemplos constantes dessa postura.

Para sustentar essa militância, a imprensa recorre a um recurso estratégico: destacar judeus antissionistas como se fossem representantes legítimos e majoritários da comunidade judaica. Eles são entrevistados, convidados para artigos de opinião, colocados em espaços de destaque, e apresentados como “provas vivas” de que criticar Israel é, na verdade, um ato de coragem — até mesmo dentro da própria comunidade judaica.

Essa tática tem um efeito devastador. Ao amplificar a voz de uma minoria ruidosa — formada por judeus que rejeitam Israel ou seu direito de se defender — a imprensa silencia a verdadeira maioria: judeus que apoiam o Estado de Israel, reconhecem sua importância histórica e atual, e repudiam a distorção dos fatos promovida por grupos ideológicos.

Essa maioria, muitas vezes, não tem espaço. Seus argumentos são ignorados, seus representantes são preteridos em debates públicos, e qualquer tentativa de expor a verdade sobre Israel é rotulada como “propaganda sionista”, “colonialismo” ou “islamofobia”. O resultado? Um ambiente de opinião pública manipulado, onde Israel é o vilão por padrão, e seus defensores são invisibilizados.

Essa assimetria narrativa precisa ser denunciada. O pluralismo de ideias exige que todas as vozes sejam ouvidas — inclusive (e principalmente) aquelas que defendem o direito de Israel existir em paz, dentro de fronteiras seguras, e com o reconhecimento de sua legitimidade histórica e moral.

A imprensa, se quiser manter sua relevância e integridade, deve abandonar o ativismo disfarçado de jornalismo. O silêncio da maioria não é espontâneo: é construído, alimentado e imposto por uma narrativa seletiva, que escolhe quem pode falar — e o que pode ser dito.

Chegou a hora de romper esse silêncio.